Um exercício cognitivo, chamado “velocidade de processamento”, mostrou ser benéfico até 10 anos depois de os participantes o terem realizado, afirmou Frederick W. Unverzagt, professor de Psiquiatria na Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana, EUA.
A percentagem de participantes que realizou o treino e mais tarde desenvolveu demência foi significativamente menor entre aqueles que fizeram o treino cognitivo, afirmaram os investigadores.
Os benefícios puderam ser medidos, apesar de a quantidade de treino ter sido pequena e distribuída no tempo: inicialmente, 10 sessões de 1 hora durante 6 semanas e, depois disso, até 8 sessões de reforço.
“Nós consideramos que a dose de treino foi relativamente pequena, foi uma intervenção de baixa intensidade. A persistência, a duração, do efeito foi impressionante”, afirmou Frederick Unverzagt, que fornece explicações mais pormenorizadas no blog Q&A.
Os resultados do estudo “Advanced Cognitive Training in Vital Elderly - ACTIVE” (Treino Cognitivo Avançado em Idosos Vitais), que contou com 2.802 participantes idosos, foram recentemente publicados na revista “Alzheimer & Dementia Translational Research and Clinical Interventions”.
A equipa, que incluiu investigadores da Universidade de Indiana, Universidade da Florida do Sul, Universidade do Estado da Pensilvânia e da empresa de biotecnologia Moderna Therapeutics, examinou adultos com 65 ou mais anos e de diversas origens, tendo-os distribuído aleatoriamente por 4 grupos de tratamento: prática de estratégias para melhorar a memória de acontecimentos e atividades; prática de estratégias para melhorar a resolução de problemas; prática de exercícios de velocidade de processamento em computador (concebidos para aumentar a quantidade e complexidade de informação processada rapidamente); grupo de controlo, cujos membros não participaram em nenhum treino cognitivo.
Os participantes foram avaliados imediatamente após o treino e um, dois, três, cinco e 10 anos após o treino. Um total de 1.220 participantes completou o período de avaliação de 10 anos e durante esse período de follow-up 260 participantes desenvolveram demência.
O estudo mostrou que o risco de desenvolvimento de demência foi 29% mais baixo entre os participantes que fizeram o treino de velocidade de processamento em comparação com o grupo de controlo, uma diferença estatisticamente significativa.
Apesar de os treinos de memória e resolução de problemas também terem mostrado benefícios na redução do risco de demência, os seus resultados não foram estatisticamente significativos.
Frederick Unverzagt refere que o treino de velocidade de processamento recorreu a um software de “treino adaptativo” com ecrãs táteis. Os participantes tinham de identificar objetos no centro do ecrã ao mesmo tempo que também tinham de identificar a localização de objetos que apareciam muito brevemente na periferia do ecrã. O software adaptava a velocidade e a dificuldade dos exercícios de acordo com o desempenho dos participantes.
Primeiro exercício de treino do cérebro com resultados positivos na prevenção da demênciaNotícias de Saúde
Quarta, 29 de Novembro de 2017 | 153 Visualizações

Fonte de imagem: Jornal de Jun
Um exercício cognitivo, chamado “velocidade de processamento”, mostrou ser benéfico até 10 anos depois de os participantes o terem realizado, afirmou Frederick W. Unverzagt, professor de Psiquiatria na Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana, EUA.
Autor
Alert Life Sciences
Alert Life Sciences
Referência
Estudo publicado na revista “Alzheimer's & Dementia: Translational Research & Clinical Interventions
Estudo publicado na revista “Alzheimer's & Dementia: Translational Research & Clinical Interventions