As mulheres que tenham perdido uma gravidez e não tenham depois filhos apresentam um maior risco de doenças cardiovasculares numa fase posterior, em relação às que têm um ou dois filhos, indica um novo estudo.
O estudo conduzido por investigadores da Universidade de Cambridge, Reino Unido, e Universidade da Carolina do Norte, EUA, apurou ainda que as mulheres que têm cinco ou mais filhos correm igualmente um risco mais elevado de desenvolverem aquele tipo de doenças.
Para o estudo, os investigadores analisaram dados de mais de 8.500 mulheres nos EUA com idades compreendidas entre os 45 e os 64 anos, ao longo de um período de 30 anos, entre 1987 e 2016.
Os dados analisados incluíam informação sobre doenças cardiovasculares como ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVC) e relatos das participantes relativamente ao número de gravidezes e partos e ainda amamentação.
Os investigadores identificaram 138 mulheres que tinham relatado terem perdido gravidezes e não terem tido filhos, 3.108 mulheres que tinham tido um ou dois filhos, 3.126 com três a quatro filhos e 1.964 com cinco ou mais filhos.
Foi apurado que as mulheres que tinham experienciado perdas de gravidezes e que não tinham tido filhos apresentavam um risco 64% mais elevado de doença coronária e 46% superior de insuficiência cardíaca em comparação com as mulheres com um ou dois filhos.
Por outro lado, as mulheres que tinham tido cinco ou mais partos corriam um risco 38% superior de sofrerem um ataque cardíaco grave, independentemente do período que tinham passado a amamentar.
A equipa indicou possíveis razões para a associação entre partos múltiplos e o risco cardiovascular: as várias gravidezes podem resultar em alterações duradouras no corpo como ganho de peso, especialmente na região abdominal, e níveis mais elevados de colesterol. No entanto, não é evidente se o aumento do risco será devido às várias gravidezes ou ao stress provocado por criar muitos filhos.
Relativamente às mulheres com perda de gravidez e ausência de filhos, o risco acrescido de doenças cardiovasculares poderá refletir o risco já identificado após um historial de aborto espontâneo. Especula-se que os mecanismos subjacentes à relação entre o aborto espontâneo e a doença coronária poderá passar por doenças do sistema imunitário, doenças crónicas e disfunção do endotélio.
Perda de gravidez associada a maior risco cardiovascularNotícias de Saúde
Quinta, 13 de Dezembro de 2018 | 5 Visualizações

Fonte de imagem: Huffingtonpost
As mulheres que tenham perdido uma gravidez e não tenham depois filhos apresentam um maior risco de doenças cardiovasculares numa fase posterior, em relação às que têm um ou dois filhos, indica um novo estudo.
Autor
Alert Life Sciences
Alert Life Sciences
Referência
Estudo publicado na revista “The Journal of Women's Health”
Estudo publicado na revista “The Journal of Women's Health”