As crianças que consomem pequenos-almoços com pouca qualidade nutricional e uma maior densidade energética (mais calorias por grama de alimento) podem apresentar um maior risco cardiovascular, indicou um estudo.
O estudo que foi conduzido por uma equipa de investigadores do Instituto ISFOOD e da Universidade de Granada, ambos em Espanha, contou com a participação de 203 crianças, com excesso de peso e idades entre os 8 e os 12 anos, cujos hábitos alimentares foram analisados.
Foi apurado que 13% dos pequenos participantes que não tomavam o pequeno-almoço diariamente ou tomavam um pequeno-almoço pobre em termos nutricionais e com maior densidade energética apresentavam níveis mais elevados de colesterol e de ácido úrico no sangue, e uma maior resistência à insulina.
Com efeito, um pequeno-almoço com maior densidade energética afeta negativamente o metabolismo da glicose, mesmo nas crianças que praticam a atividade física diária recomendada: 60 minutos de intensidade moderada a vigorosa.
A equipa concluiu que os programas de educação nutricional vocacionados para melhorarem a saúde cardiovascular e metabólica das crianças deveriam centrar-se na redução do consumo de alimentos de grande densidade energética, como produtos muito processados que frequentemente fazem parte dos pequenos-almoços infantis.
Idoia Labayen, uma das investigadoras do estudo lembrou que o pequeno-almoço não é só a primeira refeição do dia, mas a que pode ser considerada a mais importante.
“Apesar disto, muitas crianças vão para a escola sem terem tomado o pequeno-almoço, o que significa que ao almoço têm mais fome, podendo comer mais do que deveriam. A falta do pequeno-almoço já foi anteriormente correlacionada com gordura excessiva e outras doenças associadas, pelo que promover o pequeno-almoço é agora usado como parte da estratégia de prevenção da obesidade infantil”, concluiu.
Pequeno-almoço de pouca qualidade afeta saúde cardiovascular em criançasNotícias de Saúde
Quinta, 18 de Outubro de 2018 | 32 Visualizações

Fonte de imagem: Friendly's
As crianças que consomem pequenos-almoços com pouca qualidade nutricional e uma maior densidade energética (mais calorias por grama de alimento) podem apresentar um maior risco cardiovascular, indicou um estudo.
Autor
Alert Life Sciences
Alert Life Sciences
Referência
Estudo publicado na “Nutrients”
Estudo publicado na “Nutrients”