A insónia crónica exerce um efeito negativo direto sobre a função cognitiva nas pessoas de 45 anos ou mais de idade, independentemente de outros problemas de saúde, indicou um estudo.
Calcula-se que cerca de 10% dos adultos sejam afetados por insónia crónica.
O achado é de um estudo conhecido como Estudo Longitudinal Canadiano sobre o Envelhecimento. Este estudo canadiano pretende seguir, durante pelo menos 20 anos, cerca de 50.000 canadianos com 45 a 85 anos de idade na altura do recrutamento.
O estudo está a ser conduzido por uma equipa de investigadores afiliados em várias instituições de investigação canadianas e irá recolher informação sobre alterações em aspetos biológicos, sociais, médicos, económicos e de estilo de vida de canadianos para tentar perceber o seu impacto sobre a saúde, incapacidade e doenças sobre essas pessoas.
Para o estudo, a equipa analisou dados de 28.485 indivíduos com 45 anos ou mais de idade. Os participantes foram atribuídos a um de três grupos diferentes: um grupo de participantes com insónia crónica, um grupo com sintomas de insónia, mas que não se queixava de qualquer impacto funcional durante o dia e um grupo de participantes com uma qualidade de sono normal.
Todos os participantes responderam a questionários e foram submetidos a exames físicos e a numerosos testes neuropsicológicos para avaliar diferentes funções cognitivas, assim como a qualidade do seu sono.
Como resultado, os participantes do grupo que sofria de insónia crónica revelaram um desempenho pior nos testes, em comparação com os outros dois grupos de participantes.
A memória declarativa foi o principal tipo de memória afetado, ou seja, a memória de itens e de acontecimentos. Esta relação manteve-se mesmo após serem considerados outros fatores que poderiam influenciar o desempenho cognitivo.
Insónia crónica diretamente ligada a problemas de memóriaNotícias de Saúde
Terça, 21 de Maio de 2019 | 14 Visualizações

Fonte de imagem: Meredith Cary, PsyD
A insónia crónica exerce um efeito negativo direto sobre a função cognitiva nas pessoas de 45 anos ou mais de idade, independentemente de outros problemas de saúde, indicou um estudo.
Autor
Alert Life Sciences
Alert Life Sciences
Referência
Estudo publicado na revista “Sleep”
Estudo publicado na revista “Sleep”