Um novo estudo revelou que o uso de estatinas está associado a um menor risco de aquisição de infeções graves no sangue, fora do hospital, através da bactéria Staphylococcus aureus.
A bactéria Staphylococcus aureus pode colonizar a pele e causar infeções graves. Se atingir o fluxo sanguíneo, a bactéria pode mesmo causar infeções fatais. Já alguns estudos tinham indicado que as estatinas possuíam efeitos antimicrobianos contra a Staphylococcus aureus.
Para o estudo, uma equipa de investigadores dos Hospitais Universitários de Aalborg e Aarhus, Dinamarca, e do Hospital Universitário de Sevilha, Espanha, analisaram processos clínicos dinamarqueses de cerca de 30.000 pessoas, ao longo de 12 anos.
A equipa identificou 2.638 casos de bacteriemia por Staphylococcus aureus. Os investigadores identificaram mais 26.379 indivíduos com o mesmo sexo, idade e residência, os quais foram comparados com os casos de infeção. Tanto os casos de bacteriemia como os controlos, tomavam na altura estatinas (268 ou 14% e 3.221 ou 12, 2% respetivamente).
O risco de infeção foi analisado, tendo em conta a duração da toma de estatinas no presente ou no passado, doses cumulativas de 90 dias e subgrupos específicos de pacientes aos quais tinham sido prescritas estatinas para diferentes doenças crónicas como enfarte do miocárdio, insuficiência cardíaca doença arterial periférica, diabetes e doença renal crónica.
Foi verificado que o risco de bacteriemia por Staphylococcus aureus diminuía gradualmente com o aumento da dosagem de estatinas, uma associação mais pronunciada entre os pacientes com diabetes e doença renal crónica.
O risco de bacteriemia por Staphylococcus aureus foi então reduzido em 27% nos utilizadores atuais de estatinas, uma percentagem que subiu para os 30% nos utilizadores de longo-termo (mais de 90 dias), enquanto os novos utilizadores daquela classe de fármacos tiverem um pequena redução no risco de 4%.
Jesper Smit, investigador principal deste estudo comenta os achados: “os nossos resultados indicam que as estatinas poderão exercer um lugar importante na prevenção da infeção no fluxo sanguíneo causada pela S. aureus, o que poderá ter implicações importantes clínicas e na saúde pública”.
“No entanto, as nossas observações requerem confirmação noutros contextos e os mecanismos biológicos pelos quais o tratamento com estatinas pode proteger contra este tipo de infeção deve ser mais explorado”, concluiu o investigador.
Estatinas protegem contra infeções graves no sangueNotícias de Saúde
Sábado, 07 de Outubro de 2017 | 39 Visualizações

Fonte de imagem: Dr. Mercola
Um novo estudo revelou que o uso de estatinas está associado a um menor risco de aquisição de infeções graves no sangue, fora do hospital, através da bactéria Staphylococcus aureus.
Autor
Alert Life Sciences
Alert Life Sciences
Referência
Estudo publicado na revista “Mayo Clinic Proceedings”
Estudo publicado na revista “Mayo Clinic Proceedings”