Uma equipa internacional de investigadores demonstrou que um fármaco derivado de uma planta pode impedir a progressão da esclerose múltipla, refere um estudo publicado no “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
A esclerose múltipla é uma doença crónica incurável, inflamatória e degenerativa, que afeta o sistema nervoso central. Esta condição surge frequentemente entre os 20 e os 40 anos e afeta com maior incidência as mulheres do que os homens. Estima-se que em todo o mundo existam cerca de dois milhões e meio de pessoas com esclerose múltipla e em Portugal mais de oito mil.
Christian Gruber, da Universidade de Queensland, na Austrália, acredita que esta descoberta importante pode representar um avanço na prevenção e tratamento da esclerose múltipla e noutras doenças autoimunes.
“Esta é realmente uma descoberta importante, uma vez que pode fornecer uma nova qualidade de vida para os indivíduos que sofrem desta doença debilitante”, referiu o investigador.
Contrariamente aos tratamentos atuais contra a esclerose múltipla, em que os pacientes necessitam de injeções frequentes, este novo fármaco poderá ser administrado oralmente. O novo fármaco, denominado T20K, foi extraído de uma planta medicinal, a Oldenlandia affinis.
O estudo apurou que o novo fármaco mostrou ser eficaz num modelo animal da esclerose múltipla. O T20K foi capaz de impedir a progressão dos sintomas clínicos da doença num modelo de ratinho.
O investigador referiu também que o novo tratamento surgiu de um peptídeo de origem vegetal, uma classe de fármacos conhecidos por ciclotídeos. Estes fármacos, que estão presentes em vários tipos de plantas, têm o potencial de tratar vários tipos de doenças autoimunes.
Os investigadores constataram que os peptídeos T20K apresentam uma grande estabilidade e características químicas ideais para um candidato a fármaco oral e acreditam que a fase I dos ensaios clínicos pode ter início em 2018.
Esclerose múltipla: fármaco pode impedir progressão da doençaNotícias de Saúde
Quinta, 14 de Abril de 2016 | 310 Visualizações

Fonte de imagem: sundfordojelse.dk
Uma equipa internacional de investigadores demonstrou que um fármaco derivado de uma planta pode impedir a progressão da esclerose múltipla, refere um estudo publicado no “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
Autor
Alert Life Sciences
Alert Life Sciences
Referência
Estudo publicado no “Proceedings of the National Academy of Sciences”
Estudo publicado no “Proceedings of the National Academy of Sciences”