Um novo estudo demonstrou que podem existir formas de tratar a disfunção na barreira sangue-cérebro em pacientes com epilepsia.
Considerava-se que a epilepsia, uma das doenças neurológicas mais comuns, era causada e causava uma disfunção dos neurónios no cérebro.
Todavia, recentemente foi descoberto que a doença pode ser causada por muitos outros fatores, incluindo uma disfunção na barreira entre o sangue e o cérebro. As convulsões danificam o revestimento dos capilares no cérebro. Os capilares permitem a entrada de nutrientes no cérebro, mantendo as toxinas fora.
Os danos causados nos capilares causam permeabilidade na barreira sangue-cérebro, conduzindo a mais convulsões e, assim, à progressão da epilepsia.
Björn Bauer e colegas especularam que o neurotransmissor glutamato que é libertado quando se tem uma convulsão é mediador de um aumento de certas enzimas e níveis de atividade, contribuindo assim para que aquela barreira se torne permeável.
Os investigadores descobriram, com efeito, que durante uma convulsão o glutamato fazia aumentar a atividade de dois tipos de enzimas, resultando numa maior permeabilidade da barreira. A equipa descobriu ainda que era possível evitar as alterações mencionadas anteriormente através do bloqueio ou supressão genética da enzima cPLA2.
Isto sugere que a enzima cPLA2 possa ser responsável pela permeabilidade da barreira.
Estes achados demonstram que podem assim existir novas formas de tratar e gerir as convulsões, considerando que 30% dos pacientes com epilepsia não respondem adequadamente à medicação para as mesmas.
Nesta ótica, a enzima cPLA2 constitui um potencial alvo farmacêutico nas disfunções da barreira sangue-cérebro e no melhoramento do tratamento da epilepsia e de outras doenças neurológicas que causem permeabilidade na barreira.
Epilepsia: tratamento eficaz das convulsões em breve?Notícias de Saúde
Quinta, 10 de Maio de 2018 | 149 Visualizações

Fonte de imagem: FX Medicine
Um novo estudo demonstrou que podem existir formas de tratar a disfunção na barreira sangue-cérebro em pacientes com epilepsia.
Autor
Alert Life Sciences
Alert Life Sciences
Referência
Estudo publicado na revista “Journal of Neuroscience”
Estudo publicado na revista “Journal of Neuroscience”