Um novo estudo permitiu identificar uma proteína que poderá proporcionar uma melhor resposta ao tratamento com fármacos por pacientes com epilepsia.
O estudo conduzido em colaboração por investigadores da Universidade de Liverpool, Inglaterra, e pelo Instituto Mario Negri, Itália, veio procurar resposta para a necessidade de novas formas de tratar os pacientes com epilepsia.
A epilepsia é a doença neurológica grave mais comum. A medicação atual consegue ser eficaz nas convulsões em apenas cerca de 30% dos doentes. São necessários, assim, novos fármacos que sejam mais eficientes.
Não se sabe ao certo a razão pela qual as pessoas desenvolvem convulsões e porque é que algumas progridem para epilepsia que é caracterizada por convulsões contínuas. Não se sabe também porque é que os fármacos atuais não controlam as epilepsias nalguns doentes.
Ao que parece, a inflamação local no cérebro poderá estar envolvida na prevenção do controlo das convulsões. A inflamação aqui entende-se como o processo de reação do organismo a insultos, como ter uma convulsão. Na maioria dos caos, a inflamação desaparece, mas tal não ocorre num número reduzido de pacientes.
Para o estudo, a equipa de investigadores propôs-se analisar a forma de detetar a inflamação através de amostras sanguíneas, e se isso nos poderia permitir identificar novas formas de tratar pacientes no futuro de forma a reduzir essa inflamação e melhorar assim o controlo das convulsões.
Os investigadores investigaram uma proteína conhecida como alta mobilidade de grupo caixa-1 (HMGB1) que se encontra presente em formas diferentes nos tecidos e corrente sanguínea (denominadas isoformas) e que pode proporcionar um marcador para medir o nível da inflamação.
Os resultados demonstraram um aumento persistente nestas isoformas em pacientes com epilepsia diagnosticada recentemente e com convulsões continuadas, não respondendo aos fármacos para controlar a epilepsia. O mesmo não se observou em pacientes que tinham as convulsões controladas.
Outro estudo paralelo revelou que as isoformas da proteína HMGB1 poderão prognosticar a forma como as convulsões resultantes da epilepsia irão responder aos fármacos anti-inflamatórios.
“Os nossos dados sugerem que as isoformas da HMGB1 representam alvos potenciais de tratamento, que poderão também identificar que pacientes vão responder a tratamentos anti-inflamatórios”, comentou Lauren Walker, autora principal do estudo.
Epilepsia: nova abordagem no tratamento?Notícias de Saúde
Quinta, 18 de Maio de 2017 | 216 Visualizações

Fonte de imagem: horizon-neuroped
Um novo estudo permitiu identificar uma proteína que poderá proporcionar uma melhor resposta ao tratamento com fármacos por pacientes com epilepsia.
Autor
Alert Life Sciences
Alert Life Sciences
Referência
Estudo publicado na revista “Journal of Clinical Investigation”
Estudo publicado na revista “Journal of Clinical Investigation”