Uma equipa de investigadores atingiu um marco importante na senda para a descoberta de uma forma de o coração se autorregenerar.
Efetivamente, a equipa da Faculdade de Medicina Robert Wood Johnson da Universidade Rutgers, EUA, conseguiu criar células de músculo cardíaco a partir de células estaminais, as quais se aglomeraram e efetuaram batimentos cardíacos como uma única unidade.
O novo desenvolvimento poderá no futuro fazer reduzir a necessidade de transplantes de coração, de dispositivos de batimento artificiais e de cirurgia de bypass coronário.
Leonard Y. Lee, autor sénior do estudo, explicou que para o estudo a equipa isolou fibroblastos (células do tecido conetivo) de tecido cardíaco humano e reverteu-as para células estaminais. Seguidamente, os investigadores voltaram a manipular as células fazendo-as tornarem-se de novo em células de músculo cardíaco.
A inovação deste desenvolvimento é o facto de as células novas de músculo cardíaco se aglomerarem, tornando-se uma unidade com batimentos visíveis ao microscópio. Normalmente, as células de músculo cardíaco desenvolvidas por este método não se aglomeram e palpitam como se fossem uma única unidade.
Este feito foi conseguido através da superexpressão da proteína CREG presente nas células, fazendo com que as células estaminais se diferenciassem em células cardíacas.
Embora ainda muito longe, o objetivo final é conseguir-se retirar pequenas quantidades de tecido cardíaco do próprio paciente e usar a proteína CREG para converter o tecido em músculos cardíacos que funcionem de forma coesa. Estes músculos serão por sua vez reintroduzidos no coração do paciente de forma a permitir que se autorregenere.
Células estaminais poderão permitir autorregeneração cardíaca no futuroNotícias de Saúde
Quinta, 20 de Dezembro de 2018 | sem visualizações

Fonte de imagem: Medical News Today
Uma equipa de investigadores atingiu um marco importante na senda para a descoberta de uma forma de o coração se autorregenerar.
Autor
Alert Life Sciences
Alert Life Sciences
Referência
Estudo publicado na revista “Frontiers in Cell and Developmental Biology”
Estudo publicado na revista “Frontiers in Cell and Developmental Biology”