Investigadores da Universidade do Porto (UP) estão a desenvolver um estudo sobre a associação entre a atividade física e a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis na qualidade de vida de doentes diagnosticados com cancro colorretal (CCR).
Segundo a líder do estudo, Luísa Soares-Miranda, o estudo tem como objetivo verificar como estes fatores atuam na recorrência da doença e na sobrevivência dos pacientes.
A investigadora e responsável pela investigação CASUS (Cancer Study Survival), que faz parte do Centro de Investigação em Atividade Física, Saúde e Lazer (CIAFEL) da Faculdade de Desporto da UP (FADEUP) referiu à agência Lusa que o diagnóstico do cancro pode ser uma "janela de oportunidade para mudanças de comportamento".
Luísa Soares-Miranda acredita que através da nutrição e da atividade física é possível melhorar os efeitos laterais de curto e longo prazo associados aos tratamentos, tais como a fadiga, o ganho de gordura e a perda de aptidão física.
Com o auxílio destes dois fatores, também será possível evitar o desenvolvimento de outras perturbações crónicas, como a diabetes e doenças cardiovasculares, e reduzir as possibilidades de uma recorrência do cancro.
"O cancro colorretal é o segundo cancro mais comum na Europa", refere a investigadora. De acordo com dados de 2102, as taxas de sobrevivência aos cinco anos variam entre os 40 e os 65%, com uma prevalência aos cinco anos de um milhão.
"Em Portugal, a incidência do CRC ocupa o segundo lugar entre todos os tipos de cancro, em homens e mulheres, após os cancros da próstata e da mama, com taxas de sobrevivência aos cinco anos variando entre os 50 e os 60%", disse Luísa Soares-Miranda.
Mesmo nos casos em que o tratamento tem sucesso, os pacientes com cancro colorretal, na sua maioria idosos, passam por problemas de saúde e diminuição da qualidade de vida e de aptidão física.
Os indivíduos selecionados para o estudo, com idade igual ou superior a 18 anos, vão responder a um questionário sobre a atividade física, a ingestão alimentar e a qualidade de vida. Vão ser também realizadas análises ao sangue e testes de aptidão física, e os pacientes vão utilizar um acelerómetro durante sete dias.
A investigadora estima que o número de pessoas que vivem com o diagnóstico deve aumentar devido aos programas de rastreio – hoje em dia "mais efetivos" –, às melhorias nos tratamentos e à tendência da população no que respeita ao envelhecimento.
Cancro colorretal: o papel da atividade física e da alimentaçãoNotícias de Saúde
Sábado, 12 de Março de 2016 | 35 Visualizações

Fonte de imagem: endoscopiaterapeutica
Investigadores da Universidade do Porto (UP) estão a desenvolver um estudo sobre a associação entre a atividade física e a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis na qualidade de vida de doentes diagnosticados com cancro colorretal (CCR).
Autor
Alert Life Sciences
Alert Life Sciences
Referência
Estudo da Universidade do Porto
Estudo da Universidade do Porto