Afinal, comer mais do que dois ovos por semana faz mal? Nem por isso. É um mito. A má fama do ovo é injusta. Na verdade, é um alimento muito rico, porque a clara é proteína pura e tem exatamente a composição de aminoácidos essenciais de que precisamos, podendo substituir a carne e o peixe. A clara do ovo é uma proteína completa precisamente por ter quase todos os vinte aminoácidos, e isso confere-lhe um valor biológico de mais de 90 por cento.
Quanto à mal-afamada gema, é um poderoso fornecedor de colina e fosfolípidos, que permitem um bom funcionamento dos neurónios. Se fizer uma alimentação saudável, rica em anti-oxidantes, não será o consumo regular de ovos (um ou dois por dia) que vai aumentar os níveis de colesterol. O segredo para o efeito benéfico da gema está na forma de a cozinhar: cozida ou escalfada são as melhores opções e quanto mais crua, melhor – o ideal é cozer o ovo à inglesa, seis ou sete minutos no máximo. A gema tem colesterol, mas só é prejudicial à saúde se oxidar.
Não cozer a gema é uma forma de evitar a oxidação. Outra vantagem que não podemos ignorar em tempos de crise: o preço. Do ponto de vista nutricional, dois ovos podem substituir um bife e têm um custo incomparavelmente inferior.