Uma equipa de investigadores conduziu um estudo que demonstrou que o tratamento com o peptídeo conhecido como CK2.3 promoveu a recuperação de ossos muito degradados por osteoporose.
O estudo conduzido pela Universidade de Delaware, EUA, resultou de uma parceria entre investigadores de áreas distintas: Anja Nohe, bióloga, e Prasad Dhurjati, matemático e engenheiro, que em conjunto construíram um modelo matemático com a dosagem exata de CK2.3 necessária para tratar humanos.
A bióloga Anja Nohe demonstrou que o tratamento de um ratinho com o referido peptídeo fez aumentar a densidade mineral dos ossos; o matemático e engenheiro Prasad Dhurjati calculou, através do modelo matemático, as doses estimadas de CK2.3 necessárias para tratar os ossos de um ser humano.
A equipa da bióloga reproduziu o peptídeo CK2.3 e demonstrou a sua eficácia na recuperação de densidade mineral óssea num ratinho através do bloqueio da interação entre a proteína CK2 e a proteína BMPR1a. Este bloqueio permite o aumento dos osteoblastos, que são as células responsáveis pela formação de novo osso.
A equipa de Prasad Dhurjati usou a informação da equipa de Anja Nohe para calcular as dosagens ideais necessárias para humanos saudáveis e para humanos com osteoporose. Segundo o matemático, os humanos e os ratos são diferentes de muitas formas, sendo que este cálculo é bem mais complexo do que o simples ajuste do peso, por exemplo.
O matemático usou um modelo que permite calcular a forma como as moléculas de um fármaco se distribuem por diferentes partes do organismo. Neste caso em concreto, Prasad Dhurjati precisava saber qual seria a concentração de CK2.3 na área onde o osso é formado. Após obter esta informação, foi usado outro modelo matemático para calcular a densidade mineral óssea.
Todas estas considerações evitam que determinado remédio se torne uma toxina. O modelo permite calcular a quantidade a administrar, frequência, via (oral ou injetável) e ajustes de idade, peso, sexo, estado de saúde geral e outros.
Segundo o matemático, Anja Nohe acredita em modelos. “São duas culturas diferentes. A biologia concentra-se em dados qualitativos e a engenharia apoia-se mais em modelos matemáticos. Mas se as duas culturas conseguirem comunicar, isso irá trazer novas formas de encarar o mesmo problema”.
A perda de densidade mineral óssea é afetada por dois processos: formação do osso e degradação do mesmo. Os tratamentos atualmente prescritos obrigam a dois tipos de fármaco para combater ambos os processos. O peptídeo CV2.3 é o único que faz diminuir a degradação óssea e faz aumentar simultaneamente a formação de osso.
Osteoporose: descoberto composto que regenera ossosNotícias de Saúde
Terça, 04 de Abril de 2017 | 403 Visualizações

Fonte de imagem: EurekAlert
Uma equipa de investigadores conduziu um estudo que demonstrou que o tratamento com o peptídeo conhecido como CK2.3 promoveu a recuperação de ossos muito degradados por osteoporose.
Autor
Alert Life Sciences
Alert Life Sciences
Referência
Estudo publicado na revista “Pharmacometrics and Systems Pharmacology”
Estudo publicado na revista “Pharmacometrics and Systems Pharmacology”