Os pacientes com esclerose múltipla têm níveis mais elevados de depressão que a população geral, incluindo aqueles com doenças debilitantes. Investigadores americanos descobriram que a inflamação no hipocampo, uma zona do cérebro envolvida na génese e manutenção da depressão e na patologia da esclerose múltipla, altera a sua função e contribui para os sintomas de depressão, dá conta um estudo publicado na revista “Biological Psychiatry”.
Os sintomas da esclerose múltipla resultam de uma resposta alterada do sistema imunitário. A resposta imunitária também tem sido associada à depressão, o que levou os investigadores do King's College London, do Imperial College London e do Centro Imanova para as Ciências Imagiológicas, no Reino Unido, a equacionar se poderia haver um mecanismo patológico comum que conduzia a um dos sintomas depressivos nos pacientes com esclerose múltipla.
Para o estudo, os investigadores, liderados por Paul Matthews e Eugenii Rabiner, utilizaram duas técnicas imagiológicas cerebrais complementares para avaliar a relação entre a resposta imunitária no hipocampo, ligações funcionais e os sintomas depressivos de 13 pacientes com esclerose múltipla e em 22 indivíduos saudáveis, que funcionaram como grupo de controlo.
A tomografia de emissão por positrão permitiu a quantificação das microglia ativadas, uma medida da resposta imunitária. Por outro lado, a ressonância magnética funcional permitiu avaliar a força das ligações no hipocampo a uma extensa rede de regiões cerebrais envolvidas na emoção.
Alessandro Colasanti, o primeiro autor do estudo, referiu que as imagens capturadas através da tomografia de emissão por positrão revelaram a ativação do sistema imunitário no hipocampo dos pacientes com esclerose múltipla. Verificou-se que a gravidade dos sintomas depressão aumentava com os níveis de inflamação.
As medições das ligações cerebrais funcionais obtidas através da ressonância magnética funcional durante o período de descanso demonstraram que a ativação imunitária no hipocampo alterava as suas ligações com outras regiões cerebrais.
O investigador conclui que estes dois métodos imagiológicos avançados sugerem que a inflamação no hipocampo afeta a função cerebral e causa depressão.
Os autores do estudo concluem que o tratamento eficaz e direcionado para a inflamação do cérebro poderá ajudar a restaurar a função cerebral e proteger contra a depressão na esclerose múltipla.
Inflamação associa depressão à esclerose múltiplaNotícias de Saúde
Terça, 12 de Julho de 2016 | 80 Visualizações

Fonte de imagem: diga33
Os pacientes com esclerose múltipla têm níveis mais elevados de depressão que a população geral, incluindo aqueles com doenças debilitantes. Investigadores americanos descobriram que a inflamação no hipocampo, uma zona do cérebro envolvida na génese e manutenção da depressão e na patologia da esclerose múltipla, altera a sua função e contribui para os sintomas de depressão, dá conta um estudo publicado na revista “Biological Psychiatry”.
Autor
Alert Life Sciences
Alert Life Sciences
Referência
Estudo publicado na revista “Biological Psychiatry”
Estudo publicado na revista “Biological Psychiatry”