Um estudo evidenciou uma associação entre o uso de fármacos anti-hipertensivos e um menor risco de demência em pessoas de idade mais avançada.
“Após outro retrocesso para a estratégia anto-amiloide, a prevenção da demência está a tornar-se cada vez mais uma área de interesse”, explicou Jens Bohlken, investigador envolvido no estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Leipig, Alemanha.
O propósito do presente estudo foi precisamente “encontrar terapia existentes que estejam associadas a uma redução no risco de demência ou pelo menos a uma extensão do tempo até ao início da demência”, fundamentou o investigador.
Para a sua investigação, Jens Bohlken e colegas analisaram dados sobre 12.405 pacientes com 60 anos ou mais de idade (com uma mediana de idades de 80,6 anos), com demência e com hipertensão, de 739 centros de saúde na Alemanha. Os pacientes foram comparados com outros 12.405 pacientes sem demência.
A equipa analisou o uso de bloqueadores do recetor de angiotensina II, de inibidores da ECA, bloqueadores dos canais de cálcio e bloqueadores beta sobre a incidência da demência.
Foi apurado que o uso daqueles fármacos anti-hipertensivos estava associado a uma redução na incidência de demência. Em pacientes tratados com bloqueadores dos canais de cálcio, o aumento da duração do tratamento fez diminuir a incidência de demência.
“A terapia anti-hipertensiva por si só não pode garantir que a demência nunca irá ocorrer”, disse Karel Kostev, autor correspondente do estudo. “Contudo, estes achados realçam a importância da prescrição de fármacos anti-hipertensivos no contexto de prevenir o declínio cognitivo associado à hipertensão”, rematou o investigador.
Fármacos anti-hipertensivos poderão reduzir risco de demênciaNotícias de Saúde
Quinta, 06 de Junho de 2019 | 32 Visualizações

Fonte de imagem: googleness
Um estudo evidenciou uma associação entre o uso de fármacos anti-hipertensivos e um menor risco de demência em pessoas de idade mais avançada.
Autor
Alert Life Sciences
Alert Life Sciences
Referência
Estudo publicado na revista “Journal of Alzheimer's Disease”
Estudo publicado na revista “Journal of Alzheimer's Disease”