Os transplantes fecais ou as terapias de substituição microbiana poderão bloquear o desenvolvimento de infeções causadas pela bactéria Clostridiodes difficile (C. diff), indicou um novo estudo.
Segundo a equipa de investigadores que conduziu o estudo, da Mayo Clinic, EUA, ao contrário dos antibióticos que são destrutivos por definição, os transplantes fecais e as terapias de substituição microbiana renovam o microbioma intestinal com uma variedade de micróbios.
As infeções por C. diff são, em muitos casos, recorrentes. Se não forem tratadas, poderão conduzir a septicémia e morte. Robert Orenstein, investigador deste estudo, explicou que estas infeções são cada vez mais comuns e persistentes.
O tratamento normalmente usado para a C. diff é o antibiótico vancomicina. Contudo, ao eliminar a bactéria C. diff, o antibiótico extermina também as bactérias benéficas, podendo assim perpetuar a infeção.
“Pensemos nos nossos intestinos como sendo uma floresta e a C. diff como uma erva-daninha”, disse o investigador. “Numa floresta viçosa, as ervas-daninhas mal conseguem sobreviver. Mas se incendiarmos a floresta, as ervas-daninhas vão florescer”, apontou.
A equipa referiu que a C. diff é comum em contextos de cuidados de saúde e espaços públicos e raramente causa problemas em pessoas com microbiomas intestinais e sistemas imunitários saudáveis.
Contudo, a bactéria é um risco para as pessoas já doentes ou que estão a tomar antibióticos, a receber quimioterapia ou inibidores da bomba de protões. Os idosos são particularmente vulneráveis.
Não existem atualmente produtos para transplante fecal aprovados e a realização de um desses transplantes é considerada como um procedimento de investigação. No entanto, disse a equipa, nos EUA existem já produtos que se encontram na fase 3 de ensaios clínicos e poderão estar disponíveis no mercado já em 2020.
Bactérias resistentes aos antibióticos: o potencial dos transplantes fecaisNotícias de Saúde
Quarta, 08 de Maio de 2019 | 21 Visualizações

Fonte de imagem: University of Oxford
Os transplantes fecais ou as terapias de substituição microbiana poderão bloquear o desenvolvimento de infeções causadas pela bactéria Clostridiodes difficile (C. diff), indicou um novo estudo.
Autor
Alert Life Sciences
Alert Life Sciences
Referência
Estudo publicado na revista “The Journal of the American Osteopathic Association”
Estudo publicado na revista “The Journal of the American Osteopathic Association”