A sinusite é uma doença relativamente frequente na criança e, no entanto, é pouco diagnosticada. Porém, pode ser responsável por elevado abstencionismo escolar dos alunos e dos pais ao trabalho.
Os seios perinasais são cavidades localizadas nos ossos da face e do crânio.
Existem nos maxilares superiores, etmoide, frontal e esfenoide e é à sua infeção que se dá o nome de sinusite.
O desenvolvimento dos seios perinasais é gradual ao longo da vida da criança. Os seios etmoidais começam a formar-se no quarto mês de gestação e já estão presentes à nascença.
O seio maxilar, localizado no osso maxilar superior existe desde os primeiros meses de vida sob a forma de um pequeno recesso que vai aumentando progressivamente de volume.
Aos seis anos de idade a criança já apresenta seios maxilares com a mesma configuração de um adulto e com o aparecimento da dentição definitiva, estes seios aumentam gradualmente de volume.
Os seios frontais estão presentes à nascença sob a forma de pequenas bolsas que vão crescendo ao longo da vida. Apesar do seu desenvolvimento definitivo só se alcançar depois dos 15 anos de idade, a sinusite frontal pode aparecer a partir dos sete ou oito anos de vida.
O seio esfenoidal é o que tem um desenvolvimento mais tardio pelo que raramente é responsável por sinusites na criança.
A forma de sinusite mais frequente na criança é a etmoidite aguda e está geralmente associada a uma constipação ou, sobretudo, a um síndrome gripal. Este caracteriza-se por uma obstrução nasal acompanhada de muitas secreções mais ou menos purulentas, febre e por vezes, cefaleias.
O diagnóstico é feito pela história e observação do doente sendo, por vezes, necessário recorrer a radiografias simples dos seios perinasais, para confirmação do diagnóstico.
O tratamento é geralmente feito com descongestionantes nasais, antipiréticos e, quando necessário, antibióticos.
A sinusite dos outros seios perinasais vai tendo maior incidência à medida que estes se vão desenvolvendo e sendo portanto mais significativa a partir dos 10 a 12 anos de idade.
Referência: Texto - António Larroudé - Otorrinolaringologia