A mononucleose infecciosa é uma doença caracterizada por febre, dor de garganta e tumefacção dos gânglios linfáticos, causada pelo vírus de Epstein-Barr, um herpesvírus.
Depois de invadir as células que revestem o nariz e a garganta, o vírus de Epstein-Barr atinge os linfócitos B (glóbulos brancos responsáveis pela produção de anticorpos). A infecção causada por este vírus é muito frequente e afecta crianças, adolescentes e adultos igualmente. Cerca de 50 % das crianças já sofreu uma infecção pelo vírus de Epstein-Barr antes dos 5 anos de idade. Contudo, ele não é muito contagioso. Os adolescentes e os adultos jovens costumam contrair mononucleose infecciosa ao beijar-se ou ao ter outro contacto íntimo com alguém já infectado.
O vírus de Epstein-Barr tem sido relacionado com o linfoma de Burkitt, um tipo de cancro que aparece principalmente na África tropical. Também pode influir no desenvolvimento de certos tumores dos linfócitos B que afectam as pessoas imunodeprimidas (como as submetidas a transplantes de órgãos ou as que sofrem de SIDA) e em alguns cancros do nariz ou da garganta. Apesar de não se saber qual é o papel que o vírus desempenha nestes cancros, pensa-se que partes específicas do material genético do mesmo alteram o ciclo de crescimento das células infectadas.