A reprodução humana normal supõe a interacção de uma diversidade de hormonas e de diversos órgãos, controlada pelo hipotálamo, localizado no cérebro. Tanto nas mulheres como nos homens, o hipotálamo segrega hormonas ou factores de libertação que chegam à hipófise, uma glândula do tamanho de uma ervilha localizada por baixo do hipotálamo, e que a estimulam para que liberte outras hormonas.
Por exemplo, a hormona libertadora de gonadotropinas, um factor de libertação segregado pelo hipotálamo, estimula a hipófise para que esta segregue a hormona luteinizante e a hormona folículoestimulante. Estas hormonas estimulam a maturação das glândulas reprodutoras e a libertação de hormonas sexuais. Os ovários da mulher produzem estrogénios, e os testículos do homem libertam androgénios, como a testosterona. As glândulas supra-renais, localizadas na parte superior dos rins, também produzem hormonas sexuais.
Os padrões de secreção e as concentrações das hormonas sexuais no sangue determinam se estas estimulam ou inibem a libertação da hormona luteinizante e foliculoestimulante por parte da hipófise. Por exemplo, uma diminuição nos níveis de hormonas sexuais provoca uma maior libertação, pela hipófise, daquelas duas hormonas (mecanismo de retroalimentação negativa). Praticamente todas as hormonas são libertadas em forma de golfadas de curta duração (impulsos) de 3 em 3 horas. Daí que a concentração de hormonas no sangue seja flutuante.